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2012 - Livro Vermelho 2013

Vriesea philippocoburgii Wawra LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 06-07-2012

Criterio:

Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Apesar da espécie sofrer com o extrativismo ilegal devido a seu valor ornamental, Vriesea philippocoburgii é amplamente distribuída e está protegida por unidades de conservação (SNUC). A espécie forma grandes touceiras no interior de copas de árvores em formações florestais da Mata Atlântica.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Vriesea philippocoburgii Wawra;

Família: Bromeliaceae

Sinônimos:

  • > Tillandsia philippocoburgii ;
  • > Vriesea philippo-coburgi ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Dados populacionais

Blum (2010) registrou uma predominância da população da espécie em altitudes próximas a 400 m, com valor de frequência absoluta sobre forófito igual a 86,7%. Espécie heliófila, muito freqüente, encontrada formando grandes touceiras no interior de copas abertas (Bourscheid, 2008).

Distribuição

Ocorre no RJ, SP, PR, SC e RS (Martinelli et al, 2008; Forzza et al, 2010). Encontrada no Pico do Frade, Macaé - RJ (Martinelli; Vaz, 1986/88; Costa; Wendt, 2007). Altitude: Blum (2010), Martinelli; Vaz (1986/88).

Ecologia

Floresce de dezembro a março e com frutos em novembro (Hoeltgebaum, 2003; Bourscheid, 2008). Polinização entomófila (Guerra; Orth, 2004) e ornitófila (Machado; Semir, 2006).

Ameaças

1.3 Extraction
Detalhes Duarte; Bencke (2006) identificaram o extrativismo ilegal como a principal ameaça no P.E. de Itapeva. Associado a esta ameaça, também foram identificadas na área a presença de espécies exóticas/invasoras e a fragmentação de remanescentes.

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Presente na Lista de espécies da flora ameaçada de extinção do Rio Grande do Sul na categoria "Em perigo" (EN) (CONSEMA-RS, 2002).

5.7 Ex situ conservation actions
Observações: A espécie está em cultivo ex situ na propriedade particular Tropic Beauty, Nassau, Bahamas (Baensch; Baensch, 1998).Moreira (2008) obteve taxas de germinação de sementes de aproximadamente 90% em meio de cultivo MS.

4.3 Corridors
Observações: Ocorre no Corredor da Serra do Mar (Martinelli et al., 2008).

1.2.1.2 National level
Observações: A Resolução CONAMA nº 261 de 1999 determina que V. gigantea é uma espécie característica de restinga arbórea primária ou original.

4.4 Protected areas
Observações: Ocorre no P.E. de Itapeva, Torres - RS (Duarte; Bencke, 2006); no P. Botânico do Morro do Baú, Ilhota - SC, em diferentes estádios sucessionais de vegetação (Hoeltgebaum, 2003); P.E. Intervales, Ribeirão Grande - SP (Machado;Semir, 2006); na E.E. Juréia-Itatins, Iguape - SP (Moraes et al., 2008); no Parque Natural Municipal da Serra do Mendanha, Nova Iguaçu - RJ (Santos et al., 2007).

Usos

Referências

- ANDRÉ FELIPPE NUNES-FREITAS. Bromeliáceas da Ilha Grande: Variação inter-habitats na composição, riqueza e diversidade da comunidade. Doutorado. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2004.

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- FORZZA, R.C.; COSTA, A.; SIQUEIRA-FILHO, J.A. ET AL. Vriesea philippocoburgii in Bromeliaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <(http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB006526)>.

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Como citar

CNCFlora. Vriesea philippocoburgii in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Vriesea philippocoburgii>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 06/07/2012 - 14:34:20